Até onde a intimidade ajuda ou atrapalha nossas vidas?
Todo relacionamento - exceto o de pais com filhos eu acho - começa temeroso, cheio de melindres.
Não sabemos ao certo o que vai fazer um superamigo em potencial confiar em você ou aquele gatinho que você acabou de conhecer perder o interesse. Ou até mesmo o que a sua instrutora da academia vai ouvir que vai fazer com que ela faça você levantar 7 vezes o peso de um elefante albino do Himalaia.
Com o tempo o relacionamento torna-se mais seguro. Vem a tal da intimidade. Você acaba sabendo o que aquela pessoa suporta ouvir, o que ela gosta de ouvir e o que ela não quer ouvir.
Nas amizades entre mulheres começamos a falar de sexo e fluxo menstrual. Na amizade entre os homens a xingar a mãe do outro.
Creio que o maior problema da intimidade seja nos relacionamentos amorosos.
- Quando a intimidade nasce com ela vêm: ganhar espaço no carro do namorado, mudar a rádio sem ao menos pedir licença, reclamar do CD.
- E ela não satisfeita vai crescendo. Começamos então a soltar pequenos arrotos (eca!) que fingimos acreditar que o outro nem percebeu.
- No terceiro estágio passamos a tomar banho de porta aberta, não sem antes fazermos aquele xixi um tanto quanto barulhento.
- Depois disso é só ladeira abaixo. Começa-se a falar de cocô, por vezes damos até apelidos para ele – vai fazer “toto” amor? – começamos a conhecer o horário do intestino de nossos parceiros – meu relacionamento está nessa fase, afinal são 2 anos - e eu nem quero estar presente na hora em que ele vier falar do formato. Se começar a soltar pum então, ai meu Deus!
Mas a intimidade também pode ser boa.
- Vem os apelidinhos, que eu tanto amo. Momo!
- Você sabe a hora e o lugar certo de fazer carinho.
- Você ganha um amigo fiel e ótimo ouvinte e perde o medo de revelar os seus medos.
- E a hora do prazer, Ah! A hora do prazer!!! As palavras instrutivas já não são mais necessárias e sobra tempo para palavras “de incentivo”.
Hummm post ousado!