segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os batons da minha vida


Dá para pontuar a vida por diversos caminhos. Hoje escolhi conta-la através dos batons.

Nasci meio moleca, minha mãe queria que fosse menino. Mas me lembro PERFEITAMENTE quando ganhei um brilho labial em forma de frutinha, era uma uva e o da minha irmã um morango. Acho que todas já tivemos uma uvinha ou um moranguinho. Sempre perdia meus brilhos e minha irmã botava a me fazer inveja com o dela. Mas deixa! Eu já tinha comido a metade mesmo!
Eu queria era ir pra rua. Brincar de taco e pega-pega. De chinelo e bermudão. Entrar tarde pra casa e dormir. Cresci assim, dividida entre brincar de Barbie e jogar bola. E a uvinha... hummm.. nem lembrava dela.



Depois veio a adolescência, e com ela supostamente a vontade de ser MENINA, de me arrumar. Supostamente. Na adolescência eu queria rock, vestia rock e vivia rock. A maioria “modinha” é verdade, mas dela trouxe coisas boas como Red Hot Chili Peppers e O Rappa. E boa roqueira revoltada E adolescente que era rosa pra mim era igual alho pra vampiro. Mas o que fazer com os lábios? Brilho, brilho e brilho! Brilho labial da Avon, incolor, cheirosinho, e bora beijar na boca. Ah! Ah a adolescência. Humpf, ainda nem acredito que ela se foi. Minha adolescência passou rápido, pois depois de muitos beijos na boca encontrei uma boca só e a beijei durante quatro anos e meio. E meu aliado brilho continuava lá.



E o tempo não para, relacionamento terminado, depois do luto a recuperação. E enfim desabrochei (kkkkkk), comecei a ter uma pontinha de vaidade e autoestima. Uma corzinha nos lábios não faz mal a ninguém né? Não! Fez bem. Ainda fiquei na área dos brilhos, sempre achei meus lábios grandes e batom me deixava com cara de artesanato. Mas faculdade, solteirisse, a solução foram os brilhos da Natura com cor discreta. A evolução pra mim.



"Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades" e tive que me tocar que virei adulta. Sabe aquele chacoalhão? O momento de epifania que você solta um PQP eu cresci!? Eu, diferente de todas as outras fases da minha vida, demorei um pouco pra perceber que tinha chegado. Foi mesmo quando comecei a trabalhar na empresa que estou hoje (conta pra ninguém não, mas faz 1 ano kkkkk). Lá comecei a conhecer o mundo das gurus de make, como Thalita Santis e as meninas do Capprichando Blog. Já ia trabalhar mais arrumada com roupas sociais e cabelo na chapinha. Ver os vídeos virou um vicio e a vontade de me descobrir como mulher uma meta. “Aprendi” a usar base, delinear os olhos, fazer careta pra passar blush e assumi o bocão. 



Tenho até nécessaire, cheia de coisas que amo e conquistei aos poucos, entre elas MEUS batons. Tem rosa, vermeho, coral, nude e marrom. Tem cintilante, opaco, cremoso e mate.



Os brilhos? Ah os brilhos ainda guardo como herança. Uso na tentativa de voltar a ser criança e sempre agradeço a eles por NUNCA desistirem de mim e da minha autoestima que estava por baixo daquelas fases malucas.

E os seus batons o que dizem sobre você?

3 comentários:

  1. Oi linda...
    Olha eu já tive sabe aquele batonzinhos de coração ou de morango que vc só passa pra ficar lambendo kkk
    Muito bom recordar..
    Bju

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  2. Ah, minha querida Naninha!!! Que saudade de ler seus textos. Olha, não foi só como mulher que vc desabrochou, mas como uma excelente contadora de histórias. Sério, juro que queria ter essa leveza e bom humor que transborda nos seus textos. Você é leve, é engraçada, é simpática. Sou fã. rsrsr Bjs, Naníferas.

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  3. Dell sua lindona, olha só que honra. Obrigada pelas palavras me encorajam. Também amo que amo seu blog e protesto pela falta de posts novos nele.

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